“... Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 4:6b)
Imagina você receber uma visita de um anjo, que anuncia seu milagre, você vê toda cumplicidade montada para que seu milagre se manifeste, o mover de Deus revelando o improvável e como esse milagre aconteceria, e tudo sai exatamente conforme a Palavra do Senhor... De repente, uma reviravolta, Deus reivindica o milagre de volta. Como você ficaria? “E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.” (Gênesis 22:2).
O que há por trás dessa estratégia? Imagina a dor desse pai e os assaltos de pensamentos que povoaram sua mente. Com certeza, se instalou a maior guerra que um líder já teve na história. Verdade é que esse episódio não se repete com mais ninguém.
O que notamos é que Abraão entrou na sua maior guerra, conhecida como batalha na mente.
Existem algumas curiosidades que eu vou elucidar no livro que será lançado em breve, porém Abraão era o detox do paganismo e dos desvios culturais, pois ele já tinha algumas décadas caminhando com Deus e sendo ministrado pelo Seu Espírito. Esse curso com o Espírito Santo ninguém está autorizado a fazer em nosso lugar, é uma questão de intimidade entre o Senhor e aquele que foi chamado. No paganismo, era cultural que os pais entregassem seus filhos primogênitos para holocausto. Porém, em Abraão essa cultura foi freada, quando ele entende que não se sacrifica vidas para ter direito de expansão de território.
Por quê? Porque o sacrifício de crianças era uma forma de adoração aos deuses e, também, de dedicação da descendência e, muitas vezes, uma invocação aos deuses da fertilidade (você verá no livro). O pedido de Deus era uma libertação para Abraão, uma demonstração do que o Senhor faria no futuro com Seu Filho (um apontar profético para o calvário) e o nascimento do monoteísmo.
Agora, Abraão andando com Deus e reformatando sua mente, ouve do próprio Deus esse pedido. Ele já conhecia a voz de Deus, e esse era o problema. Deus está fazendo a proposta mais absurda para um líder que gerou a promessa: “SACRIFIQUE SEU FILHO QUE VOCE MAIS AMA, ISAQUE!”. A velocidade de obediência de Abraão fê-lo, de direito, o Pai da Fé, porque ele cria que Deus iria ressuscitar Isaque, e Deus só não fez porque esse era o legado de Yeshua e não do filho de Abraão. Quando você é movido pelo Espírito, você sabe quando Deus está falando e não a alma dando palpite.
Deixo claro e ratifico que esse episódio não se repetiu na história e não se repetirá novamente, pois esse nível de guerra só Abraão estava habilitado para enfrentar; era uma tipologia que apontava para a redenção. Existem guerras que outros não podem lutar por nós, é uma questão de intimidade entre nós e Deus.
Quem entrar na guerra do outro sem autorização divina sairá ferido. Os três dias de Abraão caminhando de Betesda até Moriá foi a rota mais longa de toda a sua vida. Nesses três dias, a guerra interior na mente do patriarca, foi cruel. Ninguém escapa do seu treino! O que importa é que na obediência ao comando todos saem exitosos. Não questione! Obedeça e seja dono do seu milagre!
Comments